A computação quântica, uma tecnologia que utiliza as propriedades da física para realizar cálculos complexos em segundos, promete revolucionar diversas áreas, e o Brasil não está de fora dessa corrida. Em Alagoas, especialistas já apontam como a supertecnologia pode impulsionar o desenvolvimento local, em setores como o de energias limpas, que é uma das apostas do estado para o futuro.
Diferente dos computadores clássicos, que operam com bits binários (0 ou 1), as máquinas quânticas utilizam qubits, que podem ser 0 e 1 ao mesmo tempo, permitindo o processamento de informações em paralelo. Essa capacidade exponencial de cálculo e simulação permite resolver, de forma precisa e rápida, problemas que levariam bilhões de anos para serem solucionados em um computador convencional.
O pesquisador Gabriel Gomes de Oliveira, do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, afirma que a computação quântica já é usada em diversas pesquisas, como na criação de medicamentos avançados e na segurança cibernética. Segundo ele, a expectativa é que a tecnologia se torne cada vez mais eficiente e utilizada, atingindo a maturidade por volta de 2030, e revolucionando a forma como interagimos com a tecnologia.
O desafio é cada vez maior
Apesar do potencial, a computação quântica enfrenta grandes desafios. Os computadores precisam operar em temperaturas próximas do zero absoluto, o que exige um super-resfriamento e torna a tecnologia extremamente cara. A manipulação de átomos, íons e moléculas também exige um alto nível de conhecimento científico, e ainda há falta de mão de obra especializada e desafios de hardware.
No entanto, o pesquisador Davi Barros, da Universidade Federal de Alagoas, destaca que os frutos da tecnologia podem ser colhidos antes mesmo do estado ter seu próprio computador quântico, já que o acesso a esses sistemas na nuvem é uma realidade. A computação quântica pode ter aplicações promissoras na química, na indústria, na logística, na segurança digital e nas finanças.
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O avanço da tecnologia quântica também levanta a questão da segurança digital, já que sua capacidade de descriptografar códigos coloca em risco a proteção de dados. Mas, para Gabriel Gomes de Oliveira, a própria tecnologia quântica será a solução, com o desenvolvimento de criptografia pós-quântica.
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