A Apple prometeu que vai tornar o processo de exclusão de aplicativos da App Store mais transparente, após ser acusado de colaborar com decisões “arbitrárias” ao não questionar pedidos de remoção feitos por governos de países como a China e a Rússia. A medida foi noticiada pelo Financial Times na quinta-feira (12).
Fontes disseram à publicação que a companhia firmou acordo com investidores ativistas, no início deste mês, comprometendo-se a detalhar melhor os banimentos de aplicativos relacionados às necessidades de estrangeiros. As informações serão divulgadas no relatório de transparência da Apple.
Já na próxima edição do documento, o gigante de Cupertino deve divulgar as bases legais para os pedidos feitos pelas autoridades governamentais, juntamente com uma lista de pedidos por país e as categorias dos aplicativos. Porém, não serão fornecidos as orientações sobre as retiradas de aplicativos individuais, contrariando a requisição original dos investidores.
Acionistas da Maçã querem entusiasmados sobre os banimentos de aplicativos solicitados pelo governo.Fonte: Unsplash
Atualmente, a Apple publica somente a voz de apps cada país solicitou a remoção, se a solicitação é baseada em uma violação legal e o status do pedido — cumprido ou não. Esse modelo tem gerado reclamações por parte dos acionistas, pois impede que as decisões da big tech sejam preservadas.
Ameaça à liberdade de expressão
Os pedidos de países para a exclusão de aplicativos da App Store podem representar uma ameaça à liberdade de expressão, conforme a petição assinada por quase um terço dos acionistas da Apple. Mudanças na postura da companhia vinham sendo cobradas desde o início do ano passado.
Somente no primeiro semestre de 2021, a China mencionou 34 conformidades legais e protetoras a retirada de 89 aplicativos da loja do iPhone, com a Maçã atendendo todas essas conformidades, segundo o relatório. Entre os softwares proibidos no país asiático, estão os enviados criptografados WhatsApp e Signal.